Contra os prognósticos mais optimistas, foi ainda em 2009 que chegámos ao 3º Ignite Portugal.
O local não podia ser mais inspirador: a
LxFactory, uma antiga fábrica desactivada na zona de Alcantara, hoje convertida numa ilha criativa e ninho de centenas de empresas e projectos das mais variadas áreas criativas. É reconhecidamente um dos sítios mais cool e vibrantes da cidade de Lisboa, perfeito para um acontecimento como o Ignite Portugal.
Mais uma vez, o evento superou TODAS as expectativas pois tivemos sala cheia com 230 pessoas, prontas para serem inspiradas por 17 oradores interessantíssimos que nos trouxeram temas tão diversos como relevantes no formato já conhecido dos 5 minutos em 20 slides.
Como também já vai sendo hábito, o ambiente foi muito bom, com muita partilha e saudável convívio entre pessoas de áreas diferentes. Continuamos a acreditar que só assim se aprende: partilhando, explorando conversas improváveis e abraçando a diversidade!
Como é habitual, eis alguns comentários que recebemos:
"O conceito é fantástico, fiquei fã !"
"A LxFactory pegou fogo com tantas e tão boas apresentações. Nunca pensei que tivessemos tanta gente boa a apresentar e partilhar os seus pontos de vista"
"Podia dizer-se que o Ignite Portugal está à beira de ser um fenómeno, mas não, o Ignite já é de facto um fenómeno!"
"Achei delicioso! O tempo voou e levo daquele momento irrepetível muito boas aprendizagens"
"O que é que eu posso dizer? fartei-me de tirar notas."
"Gostei muito do evento, a organização está francamente de PARABÉNS! E as comunicações foram surpreendentes."
"Que GRANDE evento! É impressionante ver a evolução que o Ignite Portugal teve. Está com um elevadíssimo nível de profissionalismo. PARABENS!"
"Aprendi muito – obrigado a todos que dedicaram o seu tempo “livre” a partilhar as suas experiências. Afinal não é tão difícil!"
"foi óptimo estar perante um grupo de pessoas motivadas, preparadas para marcar a diferença e redefinir o futuro. Senti-me orgulhoso de ser Português e pertencer a um movimento que já há muito se procurava"
Como é hábito, aqui fica um resumo dos vários talks, todos eles sem excepção muito interessantes:
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Rui Miguel Coelho falou-nos de como a curiosidade afinal não matou o gato, pois não é tão má nem perigosa como tantas vezes se apregoa, mas sim altamente poderosa pois permite ver mais além e ambicionar mais tal como o fizeram JFK na política, Galileu na ciência, Picasso na arte ou todos os inventores na tecnologia! Deixou-nos uma mensagem clara: Sejam curiosos para podermos avançar nas nossas vidas...
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Sofia Pires falou sobre duas realidades que aparentemente não estão relacionadas: criatividade e autismo. Primeiro explicou-nos como são diferentes e quase opostos, mas depois mostrou-nos como podem ter complementariedade. E terminou mostrando-nos que o que torna ambos dignos de registo é a utilidade. Afinal se a criatividade não tiver utilidade, não é mais do que uma forma de autismo.
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Pedro Pessanha mostrou-nos que na nova era conceptual em que vivemos, pós-industrial e pós-sociedade de informação, o lado direito do cérebro está a tornar-se na competência mais importante para todos nós. Acabou por dar algumas dicas para o treinarmos.
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Tomé Canas veio mostrar como a Inovação em parceria, abrindo o processo a parceiros escolhidos pode funcionar melhor do que o "orgulhosamente sós". Mostrou vários casos em que a Inovação em parceria acelerou e enriqueceu o processo de inovação, incrementando a geração de ideias e reduzindo riscos e investimentos.
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José Sacavém apresentou-nos o Digital Storytelling, ou seja, o uso dos meios digitais para contar estórias reais de pessoas reais. O José demonstrou-nos o poder destas narrativas digitais, mostrando exemplos de como pode facilitar a mudança nas pessoas através de story circles, workshops, formações, etc... para inclusão social e comunitária, intervenção, ensino e formação profissional, motivação e gestão de recursos humanos,...
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Joana Mouta e
Rui Quinta deslumbraram-nos com uma apresentação sobre como a criatividade pode mudar o mundo! Falaram de como a criatividade pode ser alavancada com a co-criação, aproveitando o efeito de "Multipligação" ou o facto de estarmos todos mais ligados que nunca, que permite a Polinização e Fertilização mútua de forma altamente poderosa.
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Fernando Gaspar Barros mostrou-nos como as melhores
marcas são como as bandas: começam pequenas e numa garagem, e da autenticidade inicial vão criando legiões de apaixonados fiéis que não abandonam facilmente a Marca/Banda. Todas as grandes bandas e as grandes marcas começaram com esta "verdade" e foram crescendo mantendo-se fiéis às origens e ao que as distingue e torna únicas para aqueles "seguidores".
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Tiago Silvério Marques defendeu que as marcas deveriam começar já a encarar uma nova segmentação: a segmentação por tamanhos ou
por peso! Com o advento do fenómeno da obesidade e do assumir das assimetrias de perfil físico, estão a surgir novas oportunidades de negócio e de marketing/comunicação que não podem deixar de ser aproveitadas. A segmentação é apenas um primeiro passo: identificar e caracterizar.
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Paula Resende falou-nos do momento-da-verdade, ou seja, de tocar o consumidor no ponto-de-venda, construindo experiências memoráveis, distintivas e que contribuam para a 'equity' da Marca que se quer construir. Deu-nos vários exemplos de Marcas que o estão a fazer com resultados claros que aponte nesse sentido.
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Mário Araújo apresentou-nos o modelo de aquisição de competências dos irmãos Dreyfus, mostrando-nos que até se chegar a ser um expert de determinada área, passamos por várias estados: novice, advanced beginner, competent, proficient e expert! Esta sistematização de como aprendemos e como evoluimos no expertise é muito útil no auto-desenvolvimento, na formação de uma equipa ou até mesmo no âmbito pessoal, com os nossos filhos, por exemplo.
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Joana Sousa falou de filosofia para crianças e de como podemos aprender com elas na capacidade de espanto. As crianças conseguem encarar com espanto as realidades desconhecidas (e mesmo as conhecidas) ajudando a olhar o mesmo, de modo diferente, tendo por isso apetência natural para a filosofia como deve ser. De facto, o mundo seria muito melhor se os adultos aprendessem com as crianças e aproveitassem o que a filosofia tem de bom assumindo uma perspectiva de interrogação constante.
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Ronald Goovaerts trouxe-nos dicas para nos tornarmos personalidades cativantes explorando todo o nosso potencial de magnetismo pessoal. Não é necessário sorte, nem conhecimento, mas sim apenas vontade e uma decisão de fazer algo por isso, já. Falou-nos da importância de comunicar, de nos ligarmos, de nos desenvolvermos, e de no fundo, nos vermos e agirmos como se tratassemos de uma Marca com relevância e sentido para os outros.
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Helder Falcão divertiu-nos com o seu tratado sobre cartões de visita, uma arma "pequenina" mas poderosa que em conjunto com uma atitude positiva e um conjunto de técnicas simples ajudam ao networking, ao nosso marketing pessoal, às nossas relações, etc... enfim podem fazer muito por nós.
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Tiago Loureiro falou do seu sonho em ver uma história de Zombies em Lisboa tornar-se num videojogo global. Explicou como de uma paixão, alguma teimosia e um conjunto certo de competências irá surgir um videojogo global feito por portugueses e passado em Lisboa, em que os gamers terão que lutar contra zombies nas paisagens da nossa cidade. Divertido e com um papel na divulgação das nossas pérolas alfacinhas!
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Vitor Domingos fez quase um pedido-de-transparência ao Estado, para que todos os institutos de carácter público partilhem toda a informação que seja de interesse "público". Mostrou-nos alguns exemplos em que isso seria útil, falou-nos das vantagens para várias áreas em ter essa informação disponível e inspirou-nos com um exemplo de Open Government Data chamado Data.Gov! Para quando isso em Portugal?
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Nuno Machado Lopes surpreendeu-nos com o caso do
Silk Club, um dos mais exclusivos bares de Portugal, que nasceu com uma comunidade / clube exclusivo e se afirmou de forma imparável no panorama dos eventos. É uma nova forma de construir marcas e negócios fazendo exactamente o OPOSTO do que os outros fazem, procurando tornar a concorrência irrelevante e construir uma nova categoria, aproveitando as ferramentas disponíveis desde o marketing ao digital.
Foi um final de dia/noite MUITO interessante.
Vejam algumas fotos do evento clickando
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